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"(...) Fiquei pensando quem iria ler aquilo tudo. Mas, por outro lado, quem escreve não fica pensando nisso; escreve porque quer escrever. Depois, quem quiser que o leia - espera o escritor, e esperamos nós (...)". * Livro: Maria Madalena, A Mulher que Amou Jesus

30 de nov. de 2008

A Felicidade está no Arco-Íris (?)

Não existe fórmula para a felicidade num relacionamento amoroso
A publicação do resultado de uma pesquisa feita nos EUA, no dia 28 de novembro de 2008, em um caderno do “Jornal do Commercio”, chamado “Laboratório de Imprensa”, produzido por acadêmicos de jornalismo, chamou a atenção não só pela manchete da matéria, “Casais Gays são mais Felizes?”, mas sim, pela conclusão que os pesquisadores chegaram.

Os pesquisadores das universidades americanas de Illinois, Washington e San Diego analisaram 442 casais heterossexuais, homossexuais, casados em união civil estável e sem status legais, e também, como funcionam os seus relacionamentos.

A pesquisa indica que casais homossexuais são mais felizes em seus relacionamentos e veem os parceiros como pessoas positivas. Foi constatado que as “semelhanças” podem facilitar a convivência no momento em que as diferenças aparecem, principalmente por causa do cotidiano.

Para os casais heterossexuais o que se torna uma barreira para a convivência tranqüila e feliz, é a visão machista que homens e mulheres tem do casamento, como por exemplo, a imagem do homem como o responsável por ser o “grande” provedor do lar, exigindo assim, que o salário dele precise ser maior do que o da esposa. Fato que hoje em dia, deixou de ser regra, já que muitas mulheres ganham mais do que eles. Isto com o tempo passa a ser munição para a medição de força e poder nos relacionamentos.

E para os gays, é possível passar por cima de barreiras como estas, pois de uma maneira geral precisam transpor a outros problemas “maiores”, como a própria sexualidade e o preconceito da sociedade, que ainda mostra-se com “tons” homofóbicos.

Alguns dos entrevistados afirmam que os homossexuais vivem mais intensamente os seus relacionamentos, pois não tem medo de se exporem e que não levam adiante um “romance” se ele esfriou ou se não estão felizes, ao contrário dos heterossexuais, que continuam a viver o casamento mesmo os desagradandos ou estando infelizes, pois acreditam que as dificuldades podem amadurecê-los e que o companheirismo supera as dificuldades, até mesmo aquelas das divisões das tarefas domésticas.

Outro ponto que merece destaque na pesquisa, é que o estereotipo de que todos os gays tem uma vida promíscua e que o compromisso não existe cai por terra. Apesar de aparentes avanços, os homossexuais ainda vivem à margem da sociedade moderna, onde as uniões civis não são reconhecidas legalmente, nem se quer a discriminação é considerada crime, pelo menos no Brasil.

O importante disso tudo na verdade, é que assuntos sobre as questões gays tenham ganhado à luz e o debate tem acontecido. É um começo. E independente da orientação sexual, o que realmente conta é a cumplicidade, o respeito e o diálogo, elementos apontados por todos os entrevistados pela pesquisa como fundamental para qualquer relacionamento, seja homo ou heterossexual.