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"(...) Fiquei pensando quem iria ler aquilo tudo. Mas, por outro lado, quem escreve não fica pensando nisso; escreve porque quer escrever. Depois, quem quiser que o leia - espera o escritor, e esperamos nós (...)". * Livro: Maria Madalena, A Mulher que Amou Jesus

3 de fev. de 2010

O Mundo Mágico de Quidam!


O verão de 2010, quem diria, tem sido de intensa programação. Calor, festas incríveis e a chance de assistir a espetáculos internacionais. Privilégio, sei disso, mas aproveito tudo… desde o simples fato da vivência em si, quanto os mínimos detalhes que estão atrelados ao figurino e musica, por exemplo. Depois das festas de fim de ano, nada melhor do que recomeçar os 365 dias, entrando de ferias e ir dançar ao som do DJ #01 do mundo - Tiësto – foi bacanérrimo. Mas assistir ao espetáculo Quidam do Cirque du Soleil faz até agora o número 1 do meu Top 5!

Mesmo tendo passado alguns dias desde que vi Quidam, ainda me pego surpreso, extasiado e impressionado com a grandiosidade dos números que pude ver ao vivo, sem cortes, truques de cameras ou edição. O que se constata logo de cara é que tudo é perfeitamente ensaiado, repetito a exaustão para que nada possa colocar o mundo encantado em questão.

Óbvio que a interpretação de muitos números e esquetes ficam a cargo de cada espectador. Vamos a minha: Uma família pequena, formada por pai, mãe e filha, vivem de forma solitária dentro da mesma casa e eis que certo dia bate à sua porta um ser mítico de uma metropole. Este ser chama-se Quidam e entrega à menina um chapéu “mágico” que a faz entrar em um mundo de seres estranhos, de poderes incríveis e transformam os dias em verdadeiras aventuras por "oras" alegres e por outras um pouco obscuras. Apaixonante.

Moderno, soturno e contagiante, talvez estas sejam algumas das definições que daria para Quidam. O espetáculo é dividido em dois blocos, com intervalo de 30 minutos entre os dois. A arena que tinha sobre si um céu que às vezes trovejava, que de uma hora para outra tornava-se estrelado, claro e governado por uma lua cheia, abriga artistas que se revezavam entre fazer o impossível e o inacreditável com os seus corpos e com os nossos sentidos. Todos os números de salto, malabares, força, graça, concentração e sutilezas estavam lá, relidos, reeditados, modernizados. Os figurinos, a maquiagem e a música seguem o padrão que se espera do famoso e conhecido Cirque du Soleil. Diversão para crianças e adultos… é fácil sair de lá com o sorriso fácil e sem palavras para comentar o que se viu.

Até o palhaço é diferente! Eu que tenho um certo “pavor”de palhaço me rendi ao riso das graças dele, que por duas vezes tirou gargalhadas da plateia, usando a própria como piada. Até mesmo eu fui um dos coadjuvantes de uma esquete armada e encenada no “picadeiro”. Mico pago, riso e aplauso conquistado. Missão cumprida com o respeitável público.


Para quem ainda não viu mas terá a oportunidade fica a dica: preste atenção nas quatro meninas chinesas  - “Diábolos”; no casal de força descumunal “Estátuas”; na “Roda Alemã”; “Aros Aéreos”; e no balé do “Salto de Cordas”. Este espetáculo conta com 54 artistas dentro e fora de cena.

O Cirque du Soleil foi criado no início dos Anos 80, por artistas de rua de Quebec, Canadá e tornou-se um sucesso mundial com diferentes títulos de shows, que são apresentados em inúmeros países. E com isso, criou mais de 80 comunidades, em 20 países de cinco continentes, formado principalmente por jovens envolvidos em situação de risco. Tornou a dificuldade em fábrica de sonhos, sensações e diversão! Recentemente a bailarina Deborah Colker criou “Ovo”, o mais novo espetáculo do Cirque. Aguardar e torcer para que em breve possamos assitir as invenções com assintaura brasileira. Daqui a pouco volto das minhas ferias de “veranico” cheio de novidades, até porque dias de folga com shows e dias na casa da mãe sempre rendem boas lembranças e reflexões.