Remédio para a Monotonia

Nestes tempos em que enfrentamos a chatice e a caretice institucionalizada, nada melhor do que nos rendermos a arte. Parece história para boi dormir, mas talvez seja papo de um “bicho-grilo” enrustido. São nestes momentos que devemos tentar ceder à uma boa leitura, um filme daqueles que nos fazem contorcer na poltrona e por que não se "abrir" para as sonoridades diferentes? E se elas tiverem uma pegada underground de boutique melhor ainda.
Ultimamente, principalmente depois da MTV passar a ter uma programação voltada para o público de Stand-Up Comedy, qualquer raio de luz criativa que nos apareça entre um clique aqui e ali, se torna uma “tsunami de satisfação” e incentivo para se ver e ouvir. Meio cansado de ter a impressão de "deja vù" na cultura Pop, a minha alegria é quando cruzo os sentidos com os nomes Yeah Yeah Yeahs e The Ting Tings, que fazem gravar os versos imediatamente nos ouvidos e repetidos facilmente pela boca, sem falar dos pés... ah, estes sim, divertem-se muito com estas duas “bandas”. Pois é, aí está! Não sei os chamo de bandas, grupos, trio ou dupla. Enfim, acho que grupo remete muito as boybands, coisa que eles não são. Então, deve ser simplesmente banda, soa melhor. Acho que sim!
Ultimamente, principalmente depois da MTV passar a ter uma programação voltada para o público de Stand-Up Comedy, qualquer raio de luz criativa que nos apareça entre um clique aqui e ali, se torna uma “tsunami de satisfação” e incentivo para se ver e ouvir. Meio cansado de ter a impressão de "deja vù" na cultura Pop, a minha alegria é quando cruzo os sentidos com os nomes Yeah Yeah Yeahs e The Ting Tings, que fazem gravar os versos imediatamente nos ouvidos e repetidos facilmente pela boca, sem falar dos pés... ah, estes sim, divertem-se muito com estas duas “bandas”. Pois é, aí está! Não sei os chamo de bandas, grupos, trio ou dupla. Enfim, acho que grupo remete muito as boybands, coisa que eles não são. Então, deve ser simplesmente banda, soa melhor. Acho que sim!
A norte-americana Yeah Yeah Yeahs está trabalhando duro desde 2001, teve outras dominações, foi composta por uma dupla, mas com a entrada do terceiro elemento, o estrelato veio em doses homeopáticas e em 2003, já com a atual formação – Karen O no vocal, Nicolas Zinner na guitarra e Brian Chase na bateria – gravaram o disco “Fever to Tell”, que vendeu no mundo 750.000 cópias, além de ter tido uma boa receptividade da crítica especializada. Em 2009, depois de muitos shows em festivais e alguns videoclipes, o grupo, digo, a banda lança “It`s Bitz!” e foi aí que eu os encontrei de verdade. Me apaixonei pela voz, pela jaqueta cheia de tachas e pelo corte de cabelo de Karen O em “Zero". E depois, fui “pego” com as calças na mão com “Heads Will Roll". Os dois vídeos são incríveis e não é difícil de entender porque o cruel lobisomem faz tanto sucesso nos canais que ainda exibem clipes.
Formada em 2004, The Ting Tings é uma dupla – bem diferente do que entendemos por duplas aqui no Brasil – colorida, modernosa na mistura de sons e elementos da cena indie. Os ingleses Katie White e Jules de Martino que usam o rock, a eletrônica e sons experimentais para criar as suas músicas, tem também influências do Pop dos Anos 60. Em 2008, lançou o álbum “We Started Nothing” e a música “That's Not My Name" chegou as paradas de sucesso do Reino Unido, desbancando até mesmo Madonna. E tem ainda as animadas “We Walk”, "Great DJ" e "Shut Up and Let Me Go", impossível ficar longe da pista de dança. E nos clipes eles usam e abusam da estética dos Anos 80, seguindo à risca a receita do que é tendência e se associando ao termo “hype” na sua longa e evolutiva definição.
Há quem possa dizer que se festeja muito por pouco. Sim, pode ser verdade. Mas quando passamos a ver e a consumir “autenticidade e modernismo fabricado” de forma natural, é sinal de que algo precisa ser revisto. É difícil nadar contra a maré, mas a democracia dos veículos de comunicação permitem este feito. Pesquisar, ler, assistir ou ouvir atualmente passou a fazer parte do sentindo de conseguir material de entretenimento e alcançar algo genuinamente que faça valer a pena levantar e dançar a noite toda. Movimento que pode simbolizar o rompimento da dificuldade que é encontrar algo com identidade, que diverte sem a pretensão de ser sempre erudito.
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