81'

"(...) Fiquei pensando quem iria ler aquilo tudo. Mas, por outro lado, quem escreve não fica pensando nisso; escreve porque quer escrever. Depois, quem quiser que o leia - espera o escritor, e esperamos nós (...)". * Livro: Maria Madalena, A Mulher que Amou Jesus

8 de jul. de 2006

Ao Nosso Redor Existe um Universo Pop

Coisas do Mundo Pop: Frida Kaloh e Quentin Tarantino
Há alguns séculos, ser criativo era como ter “algo” a mais, ser especial. Atualmente a criatividade faz parte dos “predicados” básicos para uma pessoa que vive na era da comunicação e dos incríveis avanços tecnológicos. É preciso ser criativo para sobreviver, para amar e continuar a ser amado, dar e receber, se divertir, trabalhar, economizar e descansar.

Durante o século XX, a criatividade ganhou novos rumos e foi sendo usada incansavelmente como um dos atributos mais brilhantes da humanidade. O cinema, a música, as artes plásticas e as cênicas, o rádio, a televisão, as revistas e os editoriais foram instrumentos usados para colocá-la em prática. Para popularizar todos estes “veículos” e todas as formas de expressão, os criadores desenvolveram uma linguagem simples, de fácil acesso, mas não menos rica, para que assim pudessem levar às massas o universo multimídia e colorido que imaginavam. Daí para o nascimento da Cultura Popular foi um pulo. Foi então, em seguida, que a Cultura Popular se tornou Cultura Pop.

A Cultura Pop libertou e incendiou a sociedade moderna. O lirismo, a aristocracia, os pensamentos acadêmicos precisaram ser revistos. Odiada por alguns e idolatrada por outros, a forma popular de se expressar aliou-se ao crescimento econômico de países como os EUA e do Capitalismo como sistema político do mundo Ocidental.

Filmes passaram a ser produzidos em grande escala, criaram-se ícones, ídolos, comer e beber certos produtos tornaram-se regras para que indivíduos pudessem se sentir aceitos em muitos grupos sociais. A moda virou sonho de consumo. A música hinos de movimentos. O cinema influenciou a estética. Nada mais culturalmente era como antes. Agora o ver, o sentir, o querer e o ter estavam logo ali, ao alcance das mãos e dos bolsos.

Com caráter cíclico, a Cultura Pop tem se reinventado ao longo da história. Conforme a publicação de um artigo sobre este tema no site Wikipédia, a cultura popular está constantemente mudando e é específica quanto ao local e ao tempo. Dentro da cultura popular, formam-se correntes, na medida em que um pequeno grupo de indivíduos terá maior interesse numa área da qual a cultura popular mais generalizada apareça, e completa ainda, que os ícones da cultura popular tipicamente atraem uma maior quantidade e variedade de público. Portanto, democracia e vitalidade são características concretas do mundo Pop.

Quem nunca se deixou enfeitiçar por uma obra de arte de Andy Warhol, que deixou Marylin Moroe tão pop quanto mitológica no imaginário masculino? Ou por uma “pixação” nos muros espalhados pela cidade, por aquela música que toca direto na rádio FM, da roupa de certo “famoso”, de um outdoor? Que a maioria das pessoas já foram ao cinema porque todo mundo disse que o longa-metragem valia a pena e se debrussaram sobre as páginas de um livro o qual está à semanas em primeiro lugar no ranking dos mais vendidos? Quem nunca teve, mesmo que só no infância, uma paixão especial por histórias em quadrinhos e gostaria de ter os poderes do super-herói preferido? Um tênis da marca “tal”? Bom, consumir e absorver a Cultura Pop atualmente é quase um ato corriqueiro, impossível estar à parte de um Universo tão colorido, sedutor, saboroso. A Cultura Pop está ao nosso redor, flutuando, cabe a nós escolhermos em qual galáxia queremos nos reconhecer ou nos espelhar.

Leia também: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_pop